Você já olhou para fora da janela hoje?

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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Sabe aquela do palhaço?

Um homem marcou uma consulta para ver o psicólogo. Chegando no consultório, ele disse, "Doutor, eu sempre estou deprimido. O que devo fazer?"

O psicólogo fitou seus olhos e disse, "Venha comigo até a janela."

O homem o seguiu. O psicólogo apontou para fora e disse, "Você esta vendo aquela tenda ali à distancia? Bom, tem um novo circo realmente bom na cidade. muitos números para assistir, especialmente os palhaços. E tem um palhaço em particular que é extremamente engraçado. Ele vai fazer você se acabar de rir, de novo e de novo. e veja aquele palhaço e eu garanto que você nunca terá razão para sentir-se deprimido novamente!"

O homem virou-se para o psicólogo com olhos tristes e disse, "Doutor, eu sou aquele palhaço!"



Quem já se sentiu assim antes? Como é ser o "distribuidor de felicidade"?

Responsável pelo bem-estar de tudo e todos, responsável por estar "lá na frente" e trazer esperança e alegria ao mundo.

Sem nunca ter a chance de ser vulnerável, sem nunca ter a chance de pedir ajuda.

Quem já se sentiu assim antes? Eu me sinto, todos os dias.................................

5 comentários:

  1. Já passei por isso... mas na minha fase atual não.. e nem sei qual foi o momento e o motivo da mudança...

    Uma coisa que acontece hoje é uma sensação constante de ajudar mais as pessoas do que elas me ajudam...

    Não que eu espere algo em troca das coisas que eu faço, mas às vezes me acho bonzinho até demais..

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  2. Já me senti muito assim. Em alguns momentos ainda me pego nestas situações, mas como estou sempre fazendo algo, acabo me distraindo para evitar a dor, a tristeza...Esta fuga também faz mal...

    A Lydia tem tido um grande papel na minha vida nos últimos anos e é uma pessoa de confiança com a qual posso me abrir nestes momentos mais críticos. Isso ajuda e muito, afinal também tenho uma tendência a sempre querer ajudar as pessoas e nunca pedir ajuda...

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  3. Fabio, uma sensacao de "vitima", talvez? Achou a palavra "vitima" forte? Hummmm, para pensar, o que tem por tras disso??

    Dani, voce tem bem cara de "palhaço"... e bacana encontrar um espaço para se abrir com a Lidia, me identifico muito com isso, pensando na Carol. Algumas pergunta que ficam sao: Pq isso acontece mais facil com ela, e nao tao facil com outros? Qual a opiniao dela sobre o assunto? Ela realmente acha que vc se abre, sente vc vulneravel?

    Bom, esse blog precisa mesmo de mais sentimento, nao so de ideias...

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  4. É engraçado como o processo acontece... talvez tenha a ver com o lócus de controle - temos uma tendência a tomar a rédea das coisas, mas ao mesmo tempo cobramos isso da sociedade. Percebo isso quando tenho o sentimento de estar sozinho em uma luta.
    Até onde dizer que só você não ter o direito de ser vulnerável ou pedir ajuda não é sentir-se vítima de uma situação? Ou de pensar que é responsável pela felicidade alheia? Nesta hora cobramos esse direito.
    Percebo isso principalmente depois de algo que realizo (de reuniões de trabalho a eventos familiares), quando me sinto cansado ou estou mais triste. Aí parece que o controle fica todo lá fora e esperamos reconhecimento, engajamento, ajuda, retorno.
    Inúmeras vezes me senti como o Fábio - bonzinho demais. Estou tentando trabalhar isso, mas é difícil saber o limite.
    Tenho a opinião que os curingas são guerreiros solitários, mas o ego está aí trabalhando.

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