Você já olhou para fora da janela hoje?

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

MEDITAÇÃO - ANTROPOSOFIA

Na linha do "comece a mudança que quer ver no mundo em você", a Antroposofia pode nos ajudar com algumas técnicas. Esta filosofia Alemã, criada no início do Século XX por Rudolf Steiner, se baseia numa visão do Homem em três aspectos centrais: MENTE - EMOÇÃO - VONTADE. Há também um detalhamento da constituição humana em 7 aspectos.


A MEDITAÇÃO ANTROPOSÓFICA E EXERCÍCIOS COLATERAIS

No capítulo "O conhecimento dos Mundos Superiores" de seu livro A Ciência Oculta (Editora Antroposófica, 1998), Rudolf Steiner introduziu os chamados "exercícios colaterais" (Nebenübungen) essenciais para uma atividade meditativa. Eles também podem ser encontrados no capítulo "A Senda do Conhecimento" de seu livro Teosofia (Ed. A., 1994). Segundo ele, para quem não pratica esses exercícios a meditação torna-se, na melhor das hipóteses, inefetiva, podendo mesmo chegar a ser prejudicial, como o desenvolvimento de ilusões, ficar-se incapacitado de distinguir entre verdade e erro, ou de conduzir a vida adequadamente, etc. Os exercícios devem ser feitos diariamente pelo menos durante alguns minutos, introduzindo-se-os gradualmente (por exemplo, de mês em mês) na ordem dada, e são os seguintes:

  1. Controle do pensamento. Trata-se de se concentrar o pensamento em algo bem simples do mundo real, podendo ser um objeto como um lápis, um alfinete, um sapato, etc. Deve-se pensar em tudo o que diz respeito ao objeto escolhido, e evitar todo o pensamento que não diga respeito direto ao mesmo. Steiner cita que se pode enfocar aspectos como quais as partes que compõem o objeto, as formas do mesmo, os materiais de que é feito, quando o objeto foi inventado, seus usos, etc., e recomenda particularmente que se faça esse exercício sobre objetos artificiais, que são fruto do pensamento humano e podem ser totalmente compreendidos. Quem pratica esse exercício percebe como nosso pensamento tem asas, querendo voar por paragens que não pretendíamos visitar. É necessário continuamente forçá-lo a voltar ao tema central escolhido.
  2. Controle da vontade. Trata-se de tomar uma decisão de realizar algo fisicamente, e cumpri-la. Assim, em lugar de se ser dirigido por eventos exteriores, executa-se algo por decisão exclusivamente própria. Para isso, é importante escolher uma ação que não tenha nada com a vida normal. Um bom exercício, segundo Steiner, é decidir-se executar no dia seguinte uma ação trivial; podemos citar, nesse sentido, ações como rodar um anel no dedo, ou o relógio no pulso, ou olhar para as núvens, ficar nas pontas dos pés, etc. Esse exercício deve ser feito sempre em momentos determinados do dia, tais como uma certa hora (não é preciso ser exato ao minuto), logo ao acordar, antes de uma refeição, ao abrir a porta de casa, etc.
  3. Serenidade nos sentimentos (eqüanimidade). É importante para a meditação posterior que a alma adquira serenidade, tornando-se soberana em relação ao prazer e à dor. Não se trata de não se sentir sentimentos profundos, mas sim que eles não nos coloquem fora de controle. Steiner denomina a isso "domínio da expressão do sentimento". Isto é, devemos ter sentimentos, mas não deixar que eles nos "tenham". Exemplos de perda de controle são entrar-se em desespero, chorando copiosamente, ou ficar fora de si de alegria. Mas também é importante evitar sentimentos ligados à futilidade, raiva, etc. Trata-se de se conscientizar dos próprios sentimentos, devendo ser praticado sempre que tais manifestações possam ocorrer.
  4. Positividade. Trata-se de encontrar em qualquer situação o que é belo ou bom, no meio do que é mais feio ou maldoso. De fato, não há praticamente nada no mundo que seja 100% feio ou mau. Steiner chama a atenção para não se cair em falta de discernimento, confundindo o mau com o bom, e sim reconhecer que sempre há um lado bom em tudo, por menor que esse lado seja.
  5. Abertura (receptividade) e imparcialidade. Deve-se sempre estar aberto a todas as novidades, por mais absurdas que possam parecer. A atitude correta é dizer-se "parece estranho, mas vou investigar", eliminando-se preconceitos. Steiner diz que é possível sempre aprender-se algo de novo "de cada sopro de ar, de cada folha". Não se deve ignorar experiências passadas; por outro lado, deve-se sempre estar pronto a adquirir novas experiências.
  6. Harmonização. Os 5 exercícios anteriores devem ser praticados adicionando-se um a um paulatinamente; cada novo exercício deve ficar em destaque, sem que se abandonem os anteriores. Quando eles tornarem-se parte do dia-a-dia do praticante, deve-se procurar produzir um equilíbrio entre eles, a fim de que passem a fazer parte de nossa própria natureza.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma visão integral sobre as eleições nos EUA

Quem é melhor? Obama, Hillary, ou será McCain? Democratas ou Republicanos?

Neste vídeo Ken Wilber aproveita o tema das eleições norte-americanas para discutir sobre direita-esquerda, divisões dentro dos dois lados, o que pode ser uma nova frente e o que realmente o aflige. 

Se você tiver meia hora, vale a pena assistir para ter contato com um pouco do pensamento integral aplicado na política, na formação de grupos e em como lidar de forma integral com a coletividade em todos os níveis de desenvolvimento. 

Ken Wilber - "Integral 'Third Way" Politics'

No You Tube há vários vídeos interessantes de Ken Wilber - é interessante ver a sua figura e a forma fácil com que ele se expressa. Eu não imaginava ele assim. E vocês, o que acharam do tio Ken? E sua visão sobre o futuro da política?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PLANOS DE DESENVOLVIMENTO

Ahh...As empresas adoram falar em Plano de Desenvolvimento...

Mas será que os modelos utilizados atualmente fazem sentido?

Não sei, mas algo me diz que não. Hoje assisti às apresentações dos projetos dos Estagiários da JC e percebi que a maioria está fazendo folhetos e faturamentos.

Quais são os critérios que as empresas usam para montar estes Planos de Desenvolvimento?

- Competências
- Pontos de Melhoria

Basicamente isso.

E o problema se explica. Porque as competências são somente aquelas ligadas diretamente às atividades profissionais do dia-a-dia e que a empresa enxerga como fundamentais para seu real objetivo - se perpetuar ganhando cada vez mais. Coisas do tipo: inovação e desafio do status quo, liderança em situações adversas, maturidade etc.

Há também o foco para que o "colaborador" (êta nome tosco!) desenvolva seus pontos fracos. E isso, com abordagens superficiais como cursinhos de prateleira e mais projetos do dia-a-dia, além de termos preenchidos em Words que nunca viram realidade.

O que seria um Plano de Desenvolvimento Integral?

Não sei, mas talvez um que possibilite o Desenvolvimento profissional e também pessoal do Ser Humano. As empresas adoram separar os papéis, mas cada vez mais acredito que simplesmente não dá para fazer isso...Se você tem uma vida pessoal detonada, sem saúde, com maus hábitos, não será um gênio maravilhoso no ambiente empresarial...

Assim, um caminho seria definir as competências que respeitem esta Vida Integral que respondam às 5 Saúdes baseadas na Antroposofia:


SAÚDES & COMPETÊNCIAS

  • Física - hábitos saudáveis relacionados ao equilíbrio em alimentação, esportes, horários, etc
  • Espiritual - busca respostas para os dilemas existenciais
  • Intelectual - pensamento estruturado e crítico
  • Emocional - inteligência emocional
  • Social - atuação autêntica no mundo
Será que as grandes corporações vão se abrir e pensar desta forma mais holística? Empresas que ajudariam o funcionário a pensar em si mesmo, para seu próprio bem em sua vida e não somente no trabalho...