Você já olhou para fora da janela hoje?

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Choose Life


Choose Life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disk players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance. Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbling, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself.

Choose your future.

Choose Life.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

SALVAGUARDAR A LUCIDEZ

SALVAGUARDAR A LUCIDEZO GLOBO - 1º CADERNO - OPINIÃO - 22 de setembro de 2007
Uma conhecida história conta que o rabino viu um sujeito correndo desenfreado pelo mercado. Esbaforido, segurava com uma mão a mala e com a outra o chapéu para que não voasse. O rabino chamou o homem que, entre golfadas de ar, o cumprimentou. “Para onde você corre com tanta pressa?”, perguntou o rabino. “Como assim?”, disse o homem, não escondendo sua irritação por ter que parar. “Estou tentando ganhar a vida e corro atrás de meu sustento! Há oportunidades lá na frente que, se eu não correr, serão perdidas!” “E como você sabe que as oportunidades estão à sua frente?”, disse o rabino. “Quem sabe elas estão ao seu lado, ou, pior, talvez estejam atrás e você se afastando cada vez mais delas?” O homem ficou sem ação, ao que o rabino concluiu: “Meu amigo, não estou dizendo que não deva ganhar seu sustento, mas me preocupo que, na obsessão com seu ‘ganhar’, esteja comprometendo a ‘vida’.”

Realmente há algo de errado na expressão “ganhar a vida”, até porque a vida já está ganha. A diferença entre “vida” e “sustento” está no centro das questões de nosso tempo. Será pela qualidade dessa reflexão que teremos um futuro amigável ou litigioso. Fazer a vida girar em torno do sustento é algo semelhante ao vício cultural de dizer que o “sol nasceu”, implicando que é ele e não a Terra que experimenta o movimento de rotação. Saber distinguir o pivô do que é orbital é o início de toda a inteligência e a possibilidade de anteciparem-se mecânicas e trajetórias.

O nosso mundo é bem caracterizado por esse sujeito com uma mão na mala e outra segurando o chapéu. A mala é representativa de nosso materialismo desmedido, já a mão que segura o chapéu é simbólica da desagregação da identidade num individualismo exacerbado. O mundo é hoje regido pelo sustento. Essa foi a grande parceria entre comunismo e capitalismo que, mais do que adversários, estabeleceram definitivamente o sustento como a haste central de políticas públicas e da cultura. Talvez, em seu embate secular, ambos os sistemas tenham nos distraído da revolução central na cultura planetária que promoviam. Hoje, com todos os dados que temos do litígio que teremos com o futuro, ainda assim há uma lógica do “sustento” que se sobressai à lógica da vida. E nós não ficamos chocados com isso. Nós entendemos. O impacto econômico seria por demais desestabilizador. Interesses importantes ficariam comprometidos. Compreendemos e acolhemos a mesma lógica nazista, indiscutivelmente racional, que não se poupou em usar a vida como combustível para alimentar o desenvolvimento sustentável das circunstâncias de então.

E as políticas de sustentabilidade são hoje um band-aid em fratura exposta. Paliativos que terão pouco impacto na força acumulada pela inércia da cultura. É a cultura que alavanca o movimento maior de massas, de bilhões que não poderão mudar de curso de um dia para o outro. Está na hora de não corrermos mais para a frente. Para o sustento que está sempre na frente. Estabelecer economias de crescimento como única opção de futuro não exige grande dom profético para antever o desastre. Não será bolha, será implosão mesmo. É hora de olharmos para o lado e até para trás e esperarmos por uma nova revolução na cultura humana. Uma revolução que se valha de outras sensibilidades que não apenas a racionalidade. Foi ela que construiu todas as revoluções do século XIX e que afetam a nossa cultura até hoje. Esse iluminismo cultural desbancou a vida e ungiu o sustento. As várias fomes da vida se fizeram em uma única, a do sustento, e está difícil alimentá-la.

O dia do Kipur é um dia para se ter coragem de falar sobre acertos que provavelmente não faremos. Mas essa prática não se faz vazia por conta da dificuldade em promover transformação. É que queremos salvaguardar a lucidez e mantê-la como uma chama para que, em condições favoráveis, ela realimente a labareda de uma nova cultura. Uma cultura na qual, por exemplo, crescer e ter mais não signifique sempre qualidade, em que as oportunidades talvez estejam em não crescer, ou até em decrescer. Celebrar a lucidez nos dá a dimensão de nosso pecado; jejuar dá espaço para outras fomes. E só quando essas fomes forem despertas no ser humano haverá sustento para todos.

NILTON BONDER é rabino e escritor.

sábado, 11 de outubro de 2008

MEDITAÇÃO - PARTE II

Uma pessoa que possui uma metodologia de exercícios práticos e aplicáveis mesmo ao mundo corrido em que vivemos é Thich Nhat Hanh, mestre budista.

Este é um centro que ele fundou na França e de onde gera seus ensinamentos.

www.plumvillage.org