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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PLANOS DE DESENVOLVIMENTO

Ahh...As empresas adoram falar em Plano de Desenvolvimento...

Mas será que os modelos utilizados atualmente fazem sentido?

Não sei, mas algo me diz que não. Hoje assisti às apresentações dos projetos dos Estagiários da JC e percebi que a maioria está fazendo folhetos e faturamentos.

Quais são os critérios que as empresas usam para montar estes Planos de Desenvolvimento?

- Competências
- Pontos de Melhoria

Basicamente isso.

E o problema se explica. Porque as competências são somente aquelas ligadas diretamente às atividades profissionais do dia-a-dia e que a empresa enxerga como fundamentais para seu real objetivo - se perpetuar ganhando cada vez mais. Coisas do tipo: inovação e desafio do status quo, liderança em situações adversas, maturidade etc.

Há também o foco para que o "colaborador" (êta nome tosco!) desenvolva seus pontos fracos. E isso, com abordagens superficiais como cursinhos de prateleira e mais projetos do dia-a-dia, além de termos preenchidos em Words que nunca viram realidade.

O que seria um Plano de Desenvolvimento Integral?

Não sei, mas talvez um que possibilite o Desenvolvimento profissional e também pessoal do Ser Humano. As empresas adoram separar os papéis, mas cada vez mais acredito que simplesmente não dá para fazer isso...Se você tem uma vida pessoal detonada, sem saúde, com maus hábitos, não será um gênio maravilhoso no ambiente empresarial...

Assim, um caminho seria definir as competências que respeitem esta Vida Integral que respondam às 5 Saúdes baseadas na Antroposofia:


SAÚDES & COMPETÊNCIAS

  • Física - hábitos saudáveis relacionados ao equilíbrio em alimentação, esportes, horários, etc
  • Espiritual - busca respostas para os dilemas existenciais
  • Intelectual - pensamento estruturado e crítico
  • Emocional - inteligência emocional
  • Social - atuação autêntica no mundo
Será que as grandes corporações vão se abrir e pensar desta forma mais holística? Empresas que ajudariam o funcionário a pensar em si mesmo, para seu próprio bem em sua vida e não somente no trabalho...

3 comentários:

  1. O papel do "coach" parece algo que vai crescer muito nas empresas. A empresa ter algumas pessoas que pensem nos indivíduos singulares - em como direcionar a sua conduta, sua evolução em diversos aspectos e sua interação com o ambiente. Nesse dia-a-dia sem tempo é bom ter pessoas que dedicam seu tempo a você - o tempo que nem você ou seu chefe podem, ou conseguem, se dedicar. Me parece bom enquanto não há nada mais sistêmico por aí

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  2. No fundo, acho que é praticamente impossível que as empresas olhem para o Desenvolvimento Humano de seus funcionários desta maneira integral que coloquei no post, exatamente pelo próposito desvirtuado que as mesmas tem se estabelecido: lucro, lucro e crescimento interminável.

    Soma-se a isso, a questão da distribuição do poder dentro das organizações, como você citou.

    Como desenvolver um Ser Humano em organizações da velha economia, como as nossas, se as decisões estão nas mãos dos chefes? Muito difícil, de fato.

    Por isso, acredito que as empresas da Nova Economia, Googles da vida e empresas médias e pequenas é que terão a possibilidade de aplicar este modelo com maior sucesso nos próximos anos.

    Aliás, este é um dos fatores que mais me motiva a ter uma empresa própria. Ter a possibilidade de construir este modelo de desenvolvimento das pessoas que trabalhem comigo, num processo decisório muito mais democrático do que temos atualmente na J&J.

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  3. É isso que nos motiva!
    E como uma consultoria podemos encontrar a maneira de mostrar a eles como fazer.
    Taí o grande desafio deste tempo - que estou entendendo cada vez mais ao estudar a teoria - como unir lucro e iluminação sem que nenhum destes lados queira destruir o outro. Como acessar diversos níveis de iluminação para acelerar as mudanças.
    Tá cum nóis

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