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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"As a man, describe a time you have felt powerless based solely upon your gender"

Bem interessante este fórum no site IntegralLife.com, nunca tinha olhado a fundo a discriminação por este lado. Parando para pensar, vejo muitas situações no nosso cotidiano atual em que me sinto assim. E voce, curinga?

"Several years ago my marriage collapsed after my wife entered into a relationship with another man, a younger man. I did not have knowledge of it until she was irreversibly entrenched in the affair. We had a few talks. We went to a mariage counselor. I learned that I was being counseled to accept the change. We separated. We are going to be divorced. That's it! I felt powerless then. I feel powerless now. A unilateral decision was made. Done. No serious discussion about the cause(s) took place. The counselors accepted the woman's choice. The woman was not inclined to discuss why. No comment to me from family, friends, or workplace then or now. I would have welcomed interest and help. None. My point. The male stereotype is strong and silent. The female stereotype is weak and noisy. I was treated as a stereotypical male and she a stereotypical female. The culture legislated against me in favor of the woman on every level. All she had to say was "people change." Had I done the same thing the culture would have sympathized with the woman. It seemed that all of the consideration in this action was in the woman's favor. So, on one hand she was given the benefit of the doubt, i.e, I was justly left for another man without explanation, and on the other I am a man, and therefore there is no discussion necessary. I would be an adulterer if I was having the affair. The woman is excused by virtue of her sex and the new view of women as independent and free."

4 comentários:

  1. Acredito que parte da evolução da consciência humana que estamos passando e precisando que aconteça de forma mais acelerada passa por uma feminilização da consciência masculina.
    Caso isso não aconteça as mulheres vão dominar completamente o mercado de trabalho e a política em 10 anos, pois a velocidade da masculinização das mulheres é muito maior com essa emancipação.

    A feminilidade está diminuindo, mas em casos como o citado no artigo, a alma masculina ainda é machista.

    O que vcs acham?

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  2. Eu acho que isto tem muito a ver com a Era da Superficialidade que estamos vivendo, como o próprio Wilber cita.

    Este tipo de situação descrita no post realmente tem sido mais comum pois cada vez mais tomamos decisões horizontais, com um olhar simplista de "proteger os oprimidos", "respeitar a diversidade" e portanto aceitar tudo o que vem das minorias, como mulheres, gays, negros etc.

    Precisamos integrar este tipo de atitude com uma abordagem vertical, que traga profundidade a estas questões. Por exemplo: ser gay é totalmente aceitável e todo gay deve ser respeitado como um homem ou mulher também o são. Mas isto não dá o direito de que gays ajam de modo que bem entenderem, como por exemplo sair na rua e começar a paquerar homens acompanhados de suas namoradas ou esposas (algo que frequentemente eles fazem...).

    Com a questão dos negros é muito semelhante. Olha só isso: quando Senna era o grande ídolo da F1 no Brasil, os torcedores brasileiros em Interlagos sempre secavam Prost ou Mansell, alguns até com faixas que continham brincadeiras e torcidas para que tivessem problemas nas corridas.

    Neste ano, no final do GP de Formula 1, Lews Hamilton falou que estava pensando em ABANDONAR A F1 pois tinha sido alvo de preconceitos por parte da torcida no GP de Interlagos. Visitei alguns sites especializados de jornalistas que estavam no GP e não havia nada de concreto, apenas algumas faixas com brincadeiras para que seu carro quebrasse ou o Barrichello jogasse o carro nele (não haviam faixas realmente preconceituosas com relação à sua cor de pele).

    Este é o problema. Falando em linguagem simples, o cara acha que porque é negro, não pode ser censurado em nenhum sentido e isso, na prática, o coloca num patamar superior às maiorias brancas...Desta forma, acredito que uma das características da Globalização Pós-Moderna que estamos vivendo, seja a DITATUDA DAS MINORIAS...

    O que acham?

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  3. Eu concordo com você, mas acho que é uma questão diferente da que eu comentei, pois mulheres não são uma minoria - talvez você esteja falando de uma ditadura dos Oprimidos. Acho que no caso do gênero, há diferenças sim entre mulheres e homens e elas vem desde a época que os homens iam caçar e as mulheres ficava em casa cuidando dos filhos (vide Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus) - hoje a força física não faz mais a diferença e o reconhecimento das inteligências múltiplas preza muitas das qualidades femininas.
    Fora isso, você levantou um ótimo ponto - as classes que foram oprimidas estão tentando fazer-se ouvir. É um movimento legítimo? Mas a que ele pode levar? É sim exagerado em muitos casos, pois toma-se partido da classe como forma de colocá-la em evidência. Hoje 90% da moda e da música (porque não dizer da Arte em geral) está sendo ditada por Gays e Negros - foi lá onde eles acharam um poder fora da grandes corporações - onde aptidões do lado direito (do cérebro) se destacam, ao invés de funções antigas de administração, engenharia ou medicina que eram dominadas pela "elite masculina branca" e poucos fora dela se destacavam. A partir destes movimentos é possível atingir a opinião pública. Surgem assim movimentos extremos e preconceitos contra o preconceito, um orgulho exacerbado, associações de classe com armas, pessoas que tiram proveito destas associações e fogem do seu propósito inicial quando asseguram um mínimo poder, um equívoco na luta. São revistas, filmes, pensadores, líderes e políticos voltados apenas para certo público, condenando os demais e separando mais uma vez - Ao invés de adicionar - o grande problema da modernidade, como Wilber fala - e essa separação gera vários pólos de poder aparente (pois não há julgamento - todo julgamento se torna preconceito) - e essa superficialidade é o nível mais profundo que chegamos.

    Hoje tudo é passível de defesa e tudo é argumentável. Podemos defender qualquer coisa ou idéia. Não fazemos assim com nossos produtos? Não fizeram assim por anos na bolsa de valores (e ainda estão fazendo) e as pessoas compram e vendem pedaços de empresas (leia-se ativos, conhecimento e pessoas)como banana - levados por pessoas que possuem ótimos argumentos para vendê-las? Da mesma forma existem mil argumentos para defendermos a liberdade de expressão dos Gays paquerando nas ruas, do sistema de cotas, de Israel contra o Hamas, das células-tronco, aborto, pirataria na internet e créditos de carbono.

    Todos defendem o seu e toda opinião tem que ser respeitada. O despertar de uma nova consciência precisa de discussões com pesos e medidas, argumentos reais, olhar dos dois lados com um olho só. Parece piegas, mas a maior lição que já foi dada no mundo é "Ame ao próximo como a si mesmo" - nem mais, nem menos. Se quiser adicionar "e a Deus sobre tudo" sendo Deus a coletividade (pessoas, universo), melhor ainda.
    Traria isso esta abordagem vertical? Como conseguir essa abordagem?

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  4. Meus caros!
    Realmente nunca tinha pensado no preconceito com essa visão.
    Penso que a velocidade com a qual algumas minorias vêm alcançando seus direitos mostra que estamos em um momento propício para a reinvindicação de direitos esquecidos, o que é mais do que adequado. No entanto, esses momentos na história humana são raros e não acredito que durem muito e, por isso, há essa correria pela reinvindicação.
    No entanto, no fundo ainda acredito nos fundamentos. É em teoria tão simples e na prática tão difícil. Mas no fim, tudo se resume em tratar a todos como seres humanos. Nunca fui a favor de igualitarismos forçados mas creio sim na garantia de uma base uniforme a partir da qual todos partem com as mesmas chances para a vida, diferenciando-se a partir daí!

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